“Novo Papa”: ainda mais intriga, provocações e belas filmagens
Programa Educacional Cinema / / December 28, 2020
Na Sky Atlantic e na HBO (na Rússia - em "KinoPoisk HD" e "Amediatek") começou a sequência da série "Young Pope".
Diretor famoso Paolo Sorrentino, que dirigiu pessoalmente todos os episódios, continua a falar sobre as intrigas de bastidores da Igreja do Vaticano. No final da temporada 1, o Papa Pio XIII, interpretado por Jude Law, sofreu um ataque cardíaco. E na sequência, os cardeais são novamente confrontados com a necessidade de escolher um novo pontífice.
Porém, Sorrentino conseguiu não se repetir. O início da segunda temporada parece fresco e inesperado. A ação não se concentra mais em uma pessoa específica, mas fala sobre a própria essência da eleição do Papa. E há espaço para provocações e muitas piadas.
Nova série, não apenas uma sequência
A segunda temporada ganhou um nome diferente por um motivo. Na verdade, O Novo Papa é uma história independente. Mesmo quem não conhece a primeira parte pode assisti-la. Todos os personagens antigos serão introduzidos de passagem e novos personagens serão adicionados gradualmente.
Ainda assim, aqueles que assistiram O Jovem Papa compreenderão mais profunda e sutilmente o enredo da segunda temporada. Depois de um ataque cardíaco, Pio XIII, que se tornou quase um ídolo dos paroquianos, está em coma há nove meses. Os cardeais decidem escolher um novo pontífice, mas fazem o possível para evitar erros do passado.
Mas aqueles que pensam que a intriga principal já vazou na descrição e nos trailers ficarão agradavelmente surpresos. O anunciado John Malkovich no papel do novo Papa não tem pressa em aparecer. Primeiro, Sorrentino, em seu estilo de marca registrada, muito lentamente se oferece para resolver as intrigas dos clérigos.
Os cardeais se indicam para o papel de pontífice e Angelo Voiello, conhecido desde a primeira temporada, decide que é hora de ele liderar a Igreja. E aí vem o tempo das provocações do autor: as ações excêntricas de Pio XIII obrigam todos os candidatos a competir em sua "usualidade". Como resultado, as principais vantagens são indefinidas e palidez, e as eleições são realizadas entre dois candidatos completamente idênticos.
Política e negócios, não religião
Sorrentino volta a levantar temas polêmicos, mas o faz com muito cuidado, sem tocar na própria questão da fé. O “Novo Papa” não está falando de Deus, mas de pessoas: corrupção, desejo de poder e ganância. E é, antes, uma série política, apenas sua ação ocorre no próprio estado cristão.
Mas já no primeiro episódio, ele se permite uma afirmação muito atrevida: e se alguém começar a fazer a sério aquilo de que só costumam falar os clérigos? O abandono do luxo, a recepção de refugiados, a igualdade universal - tudo isso é um choque para as autoridades de alto escalão, embora venham pregando sobre isso há anos.
A ênfase no fato de que a Igreja Católica é principalmente uma estrutura política e empresarial está se tornando ainda mais forte. O tema de ganhar dinheiro com souvenirs, levantado na primeira temporada, acaba sendo apenas parte da história. Eles até vendem histórias de milagres realizados pelo Papa anterior.
Mas o principal motor dos primeiros episódios é a busca por um novo candidato que agrade a todos. E só então Sorrentino leva ao personagem principal da temporada. No início, ele ainda não tinha permissão para se revelar, mas já está claro que Sir John Brannox, interpretado por Malkovich, se tornará um dos heróis mais brilhantes. Este é um padre deprimente e sarcástico que se permite muitas afirmações ambíguas.
Não é difícil adivinhar o que acontecerá nos próximos episódios, especialmente porque isso foi anunciado nos materiais promocionais da nova temporada. Não é à toa que o personagem de Jude Law não foi retirado da trama completamente, mas ao mesmo tempo foi forçado a seguir invisivelmente todos os personagens. E logo aqueles que eram intrigantes se verão em outra situação difícil.
Estética, não dinâmica
E um mérito separado do "Novo Papa", é claro, está na caligrafia reconhecível de seu criador Paolo Sorrentino. O diretor não foi em vão se comparado ao próprio Federico Fellini em sua capacidade de mostrar a beleza de uma forma inusitada. Roma e obras de arte.
No formato da série, o diretor teve a oportunidade de não se apressar, e por isso a cena da eleição do Papa é atrasada, e as expressões faciais dos personagens são intercaladas com pinturas antigas. O desenlace foi totalmente filmado em uma única cena, durando vários minutos.
Ao mesmo tempo, Sorrentino combina perfeitamente clássicos e modernos temas provocantes. Em O Novo Papa, começa com a cutscene onde as freiras se despem e dançam na cruz de neon. Os cânticos da igreja regularmente mudam para ritmos modernos, e os cardeais jogam videogame com força e força.
Filmar com elegância - tanto no local quanto em ambientes fechados - é tão importante quanto as reviravoltas da trama. Eles permitem que você aproveite a foto e aproveite até mesmo o ritmo lento dos eventos. Como na primeira temporada, em O Novo Papa a maior parte da ação é construída no diálogo. Mas cada um deles é necessariamente apoiado por belas fotos.
Não há dúvida de que a segunda temporada só vai reforçar o sucesso do Jovem Papa. A nova história combina grande intriga, um elenco de estrelas e uma filmagem impressionante. E em suma, definitivamente dá um verdadeiro sucesso.
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